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terça-feira, 29 de abril de 2014

AS PESSOAS MUDAM

                                           

E já não sei mais o que fazer como todo esse sentimento trancado em meu peito a espera de você.
Não sei se te espero por mais um dia, dois, três...Por mais uma semana, um mês, ou se simplesmente volto á trancar com sete chaves tudo o que eu sinto, o que eu quero, o que eu desejo. Sinceramente? Não sei.
Suas atitudes são, no mínimo, estranhas. Num dia me ama, no outro me odeia e no outro, bom...nem lembra que eu existo.
Engulo á seco todos os dias a vontade de estar com você, de te pertencer, não sei se por orgulho (opá, esqueci que meu orgulho eu perdi desde o dia que te conheci) ou por medo. É, acho que é medo.
Medo de me enganar, medo de ter que admitir para eu mesma que estou errada, que tudo não passa de ilusão, invenção dos meus pensamentos. Medo de admitir que você é tão perfeito em minha mente e tão contraditório á tudo isso na vida real.
Tenho me perguntado 'Até quando?". Não sei, até onde eu não aguentar, até o momento em que eu decidir não mais te esperar.
Mas não posso, não dá, é mais forte do que eu essa vontade de te procurar. Fugir do que sinto? Sinto dizer, já é tarde demais, não sou mais capaz.
Me entreguei a esse amor como quem se rende á uma briga. Lutei contra ele como quem pede pelo amor de Deus para o sentimento ir embora, mas não, ele não foi e me restou apenas aceitar, conviver com isso dentro do peito á espera de um dia poder te contar, te encontrar, te reinventar.
Já nem sei se continua sendo o mesmo que conheci, engraçado, algo dentro de mim diz que sim, mas a cabeça insiste em dizer que te perdi.
Que bobagem, eu nunca ouvi a razão, fui sempre tão emotiva, meu erro foi pensar com o coração.
E eu não consigo entender que você já não é a mesma pessoa que eu conheci, que eu me apaixonei. Me recuso a aceitar que você mudou, mas enfim, até eu mudei...
Mas meu coração continua intacto como se nem um dia sequer houvesse passado, então volto a me perguntar "será que o seu também não haveria de estar?". Quem é você agora? Será que esse seu novo EU ainda seria capaz de me reconhecer? Não sei, tenho medo até de imaginar a resposta.
É meu amor, eu mudei mas não te esqueci, só gostaria que tivesse acontecido o mesmo com você, que pena, não posso dizer.
Esse seu novo EU me assusta, não sei o que esperar, a cada dia uma surpresa, tenho medo de te encontrar.
O que haveria de ser mais triste do que olhar para uma pessoa e reconhecê-la? Olhar para o seu amor e ficar procurando aquela pessoa que já não existe mais. É, as vezes me pego pensando se eu que idealizei demais ou se você realmente mudou tanto assim a ponto de se tornar irreconhecível.
Os olhos são os mesmos, o rosto, o jeito, tudo... Mas como te encontrar dentro daquilo que já não existe mais? Será que alguém entende o que se passa em meu coração? Pois é, acho que não!
E hoje quando penso em você, sinto que nunca mais vou te encontrar, sinto que te perdi, que foi apenas um sonho bonito e nada mais, foi apenas uma história que alguém colocou ponto final e eu fui lá e coloquei mais dois pontinhos, pronto, é reticências, é amor, é saudade pro resto da vida. Daquilo que foi, daquilo que nem sequer aconteceu e daquilo que poderia ter sido...enfim, de nós!

Autora: Gih Monteiro

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